Territórios e Paisagens Educativas: planejamento e processos colaborativos na periferia noroeste da cidade de São Paulo.
PROGRAMA UNIFICADO DE BOLSAS DE ESTUDO PARA APOIO E FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO (PUB-USP)
Núcleo de Estudos da Paisagem. Coord. Prof. Dr. Euler Sandeville Jr., FAU USP
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Resumo
O projeto visa desenvolver estudos e mapeamentos em escalas locais e regionais nos Distritos de Jaraguá, Anhanguera e Perus, onde o Núcleo de Estudos da Paisagem (NEP) desenvolve desde 2011 atividades integradas de ensino, pesquisa e extensão, dando origem a mestrados, cooperação com escolas, com movimentos e coletivos locais. Os trabalhos já resultaram na criação de instrumento urbanístico, cooperação na defesa de patrimônio histórico na região, nos esforços de regulamentação de terra indígena da aldeia no Jaraguá, sendo que a região inclui ainda importantes parques naturais e urbanos (Jaraguá, Anhanguera, limites da Cantareira, em uma área de vulnerabilidade ecológica), pequenos remanescentes importantes para conectividade entre esses parques, entre outros valores de grande importância. O Distrito de Perus foi o primeiro de São Paulo a ter estudos para os Planos de Bairro, agora previstos como instrumento urbanístico no Plano Diretor Estratégico (PDE) de 2014. A lenta construção do Rodoanel na região e a existência das rodovias Anhanguera e Bandeirantes, bem como da antiga estrada velha de Campinas, jogam um papel importante na estruturação e renovação urbana, trazendo projetos que estão em estudo, de alto impacto socioambiental (NESP S/A – Novo Entreposto de São Paulo, Ferroanel, em outros momentos equipamentos de destinação e tratamento do lixo de grande porte, terminais, projetos de loteamentos e parques lineares etc). O processo de urbanização e a previsão de grandes estruturas tende a ser desencadeador de danos ambientais e agravamento das condições de vida, com poucas compensações socioambientais, em uma região marcada desde os anos 1990 por urbanização de baixa renda e alta vulnerabilidade social.
A partir de 2018 iniciamos uma nova fase de processos colaborativos na região na qual retomamos os estudos em novos formatos e processos. Por um lado, cooperamos com os movimentos em torno da proteção da Fábrica de Cimento Perus, com a aldeia e com o movimento que se reorganiza a partir da experiência anterior para a regulamentação e gestão do Território de Interesse da Cultura e da Paisagem Jaraguá Perus (TICP-JP), criado no Plano Diretor de 2014 no âmbito das ações da Universidade Livre e Colaborativa desenvolvido pelo NEP em colaboração com movimentos, moradores e professores da região. Nessa nova fase, focamos em: 1) buscar relações de cooperação técnica e científica na construção desse Território e seu planejamento ambiental e urbano, especialmente com movimentos e órgãos públicos; 2) iniciamos um programa – “Construção do Território, Território Vivido” com o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Perus I (são cerca de 1300 alunos matriculados, dos quais 350 são imigrantes haitianos), aprovado no Projeto Político Pedagógico (PPP ) da unidade e pela Diretoria Regional de Educação Pirituba/Jaraguá, (DRE-PJ); 3) organizamos um grupo de estudos acadêmicos com ênfase em processos ambientais, educativos e culturais (em seu sentido antropológico) com pesquisadores em diálogo com essas comunidades e advindos também das escolas e movimentos da região. Este projeto PUB, de extensão, é assim integrado com ensino e pesquisa. Prevê: 1) a participação na sistematização de dados de cartografias afetivas realizadas e em realização pelos movimentos locais e 2) dados técnicos socioambientais dos distritos que integram o TICP-JP, fundamentais para os estudos desse Território; 3) a cooperação em escala mais local no contexto educacional do CIEJA em colaboração com moradores e pesquisadores de pós-graduação e 4) diálogos com os movimentos e projetos educativos.
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Justificativa
O Núcleo de Estudos da Paisagem (NEP), criado em 2003, tem desenvolvido nesses anos uma série de trabalhos envolvendo ensino de graduação e de pós-graduação, pesquisa (Iniciação, mestrado e doutorado) e extensão, pensadas em programas integrados e organizados com comunidades em torno de questões ambientais (em Atibaia, por exemplo, contribuiu diretamente para a criação do Monumento Natural Estadual da Pedra Grande) e de questões sociais com comunidades no Heliópolis, Brasilândia, Vila Nova Esperança (oeste), Pantanal, Perus-Anhanguera, dentro de um programa que denominamos Universidade Livre e Colaborativa. Entre 2011 e 2016 desenvolvemos com moradores e coletivos na região de Perus e da aldeia guarani Jaraguá o projeto Universidade Livre e Colaborativa, que realizou uma série de disciplinas de graduação e pós-graduação organizadas juntamente com os parceiros e ministradas nesse território como forma de aprofundamento do processo colaborativo de ensino-aprendizagem, abertas aos moradores, recolhendo histórias de vida, realizando mapeamentos afetivos e cartografias das dinâmicas urbanas e ambientais, com ampla intervenção no processo então em curso de planejamento da região, e ainda participação e criação de projetos culturais.
Um dos resultados decorrentes, realizado com a comunidade de parceiros e, em sua fasae final conjuntamente com o Movimento Belas Artes, foi inserirmos no Plano Diretor de 2014 (no seu artigo 314 e outros, contando com o endosso de vereadores de diferentes partidos e matizes ideológicos), um instrumento de política urbana inovador, o Território de Interesse da Cultura e da Paisagem Jaraguá Perus (TICP-JP). Seus princípios são a gestão participativa, a visão mais humana da cidade e o conhecimento colaborativo a partir da integração entre educação, cultura e ambiente, valorizando estratégias que favoreçam a geração de renda e a participação nas transformações urbanas e ambientais dos bairros e da região. Este instrumento foi concebido através da articulação e engajamento político da universidade pública, movimentos sociais, escolas, equipamentos culturais. Um dos dois TICPs definidos no PDE foi o Jaraguá Perus, que abrange os distritos de Perus, Jaraguá e Anhanguera (ampliado em 2016 para incluir um corredor no distrito de Pirituba). Atualmente, outras regiões da cidade reivindicam a criação de TICPs. No PDE não foi delimitado o perímetro cartográfico deste território, indicando uma oportunidade de aprofundamento de diálogos da Universidade, dos Movimentos sociais e dos órgãos públicos de planejamento e cultura.
Há ainda que se destacar que o PDE introduziu o conceito de Territórios Educativos, tema que, associado ao do Bairro-Escola, vem ganhando crescente atenção na literatura acadêmica e em políticas públicas, inclusive federais, estaduais e municipais, projetos de ONGs e Institutos, como o projeto de 2009 “Rede Município que Educa” do Instituto Paulo Freire (no qual colaboramos em uma publicação) tendo o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB SP) lançado em abril de 2018 o Projeto “Territórios Educativos” – Módulo I em parceria com Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, sendo que o NEP, se candidatou a chamada aberta para levantamento de informações e elaboração de metodologias neste projeto, e tendo o CIEJA Perus recebido a premiação do “Territórios Educativos 2017”, do Instituto Tomie Ohtake. Neste sentido, o projeto em curso do NEP, no qual este PUB se insere, em parceria com escola e movimentos locais, vem de encontro a uma participação maior da Universidade através de pesquisa ensino e extensão nos processos de transformação social e urbana, e em um processo mais amplo de formação e educação para a cidade.
A universidade possui um papel de transformação social muito importante, podendo contribuir para um pensamento crítico e ético, na formação para além de seus quadros, o que reverte em um ensino e pesquisa aprendendo com a realidade em que se insere. Desta forma, projetos que integrem a universidade e o território, trabalhando conjuntamente com moradores, educadores, agentes culturais e lideranças, geram benefícios e conhecimentos para ambos. Há uma necessidade no território de um aprofundamento conceitual de diversos aspectos relacionados ao meio ambiente (relevo, geologia, hidrografia, áreas verdes e outros, pela visão de ecologia de paisagem), ao patrimônio, cultura e educação, onde há redes de cooperação já existentes e aquelas com as quais o NEP, desde 2011, coopera. A participação dos bolsistas na sistematização de dados e trabalhos de campo, conforme o caso, abre-lhes a possibilidade de participarem na construção de um programa que desenvolve estratégias inovadoras e consequentes de trabalho colaborativo e em processo, em um contexto muito peculiar da cidade, em um setor com reconhecida organização local e com projetos educativos de escolas locais premiados, com importantes valores ambientais e de patrimônio histórico e cultural de interesse na escala metropolitana (como atestam legislação municipal e estadual de proteção), em um contexto de rápida urbanização com altos índices de vulnerabilidade social e projetos de infraestrutura ou empresariais de grande importe e também de grande impacto socioambiental.
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Objetivos
1. Contribuir na sistematização de dados e na cartografia ambiental e dos aspectos culturais e educacionais dos distritos abarcados pelo TICP-JP, dialogando com as iniciativas dos movimentos locais.
2. Contribuir no levantamento e sistematização de dados do território e das condições de vida dos estudantes do CIEJA Perus, integrado no projeto Construção do Território, Território Vivido desenvolvido com a instituição, inclusive com comunidade de imigrantes haitianos.
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Material e métodos
O trabalho será desenvolvido buscando a CARACTERIZAÇÃO DOS DISTRITOS através de inventário de dados e cartográfico dos três originalmente abrangidos na criação do TICP JP: distritos de Perus (85.002 hab., 2010, IDH 0,772), Jaraguá (220.292 hab., 2010, IDH 0,791), Anhanguera (53.266 hab., 2010, IDH 0,774); como se poderá observar, estes estão entre os 20 IDHs mais baixos dentre os 96 Distritos da cidade. Simultaneamente, será desenvolvido um estudo visando observar melhor as condições efetivas na tecitura do cotidiano, focando nas CONDIÇÕES DE VIDA E FORMAS DE MORAR. O projeto poderá ser acompanhado em diferentes etapas pela Imprensa Jovem do CIEJA, contribuindo para sua divulgação.
Como trabalhamos com situações dinâmicas e exploratórias, a metodologia de trabalho será construída continuamente no diálogo com os parceiros, equipe, pesquisadores, visando estabelecer as condições de realização. Nosso ponto de partida é o que segue.
I. CARACTERIZAÇÃO DOS DISTRITOS
Será realizado o diagnóstico dos distritos baseado em mapeamentos temáticos: cultural (patrimonial tombado e em demanda, coletivos e instituições e atores culturais), equipamentos (educação e saúde) e ambiental (remanescentes de vegetação, hidrografia, relevo, geologia). na região do TICP Jaraguá – Perus.
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Levantamento das bases cartográficas existentes para os distritos estudados (INPE, FFLCH, FAU, órgãos públicos incluindo as bases digitais disponíveis on line). Serão considerados os estudos já realizados na região, como os realizados em disciplinas anteriores (AUP-5871 Representações da Natureza e da Cidade no Brasil, AUP- 0651 Desenho da Paisagem Urbana, AUP-0667 – Análise Paisagístico-Ambiental, AUP-665 Arte e Projeto da Paisagem, ICA-5764 Conceitos e Métodos no Estudo Das Paisagens, ICA-5754 Potencialidades e Gestão da Paisagem) e o mapeamento afetivo realizado a convite da Secretaria Municipal de Cultura durante a Semana do Patrimônio em 2015;
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Levantamento de campo para o diagnóstico: serão realizados atividades de campo com levantamento de pontos e regiões de interesse nas temáticas apresentadas. Os levantamentos de campo irão considerar os saberes locais e poderão ser realizados em parceria com comunidade local e outros agentes sociais (a realização desses levantamentos dependerá da possibilidade de deslocamento dos alunos);
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Sistematização dos dados: serão consolidados os levantamentos de bases já existentes e os levantamentos de campo através de técnicas de geoprocessamento utilizando softwares específicos, colocando em diferentes camadas os levantamentos de vegetação, geológicos, hidrológicos, culturais e de patrimônio, equipamentos educacionais e de saúde.
É necessário que os alunos possuam conhecimentos básicos em softwares de geoprocessamento (QGis, ArqGis, ou até mesmo AutoCad) e um software de edição de imagens. Esses mapeamentos são de extrema importância para basear os trabalhos futuros e as próximas etapas do projeto.
II. CONDIÇÕES DE VIDA E FORMAS DE MORAR
Serão realizados necessariamente a partir do projeto “Construção do Território, Territórios Vividos” em parceria com professores, alunos e funcionários do CIEJA, podendo assim se beneficiar de uma rede de relações e de processos já em andamento e assim também dialogar com os trabalhos em curso nesse sentido. As etapas preparatórias preveem aquisição de noções através de atividades e leituras sobre narrativas de vida, entrevistas, dinâmicas urbanas e socioambientais da região, incluindo visita guiada à região e ao CIEJA. A segunda etapa prevê a obtenção, sistematização, caracterização de dados. A terceira etapa prevê questionários, entrevistas e atividades de campo.
1. Tabulação em condição de confidencialidade dos dados do alunos, procurando identificar os locais de moradia, os bairros e informações básicas sobre idade, gênero e semelhantes, sob supervisão indicada pela coordenação e equipe do projeto “Construção do Território, Território Vivido”.
2. Caracterização espacial e socioambiental dos locais e bairros obtidos no levantamento, em diálogo com os participantes da caracterização dos distritos.
3. Organização dos questionários e convite aberto aos alunos do CIEJA para participarem de questionários visando tabulação de dados e caracterização da mobilidade, condições de trabalho e habitabilidade.
4. Convite a alunos através das dinâmicas e oficinas em curso no projeto Construção do Território, Território Vivido para participarem de entrevistas abertas e registro fotográfico das condições de moradia, integrado preferencialmente nas atividades do projeto “Construção do Território, Território Vivido”.
5. Tabulação e organização de dados e informações obtidos e transcrição dos depoimentos Construção do Território, Território Vivido.
Como as atividades desta seção para serem bem sucedidas demandam deslocamento em campo, é necessário que os alunos tenham disposição para este fim. Neste sentido, é preferível alunos que morem na Região Noroeste da cidade de São Paulo ou com conhecimento prévio ou fácil acesso. Como as atividades são realizadas às sextas-feiras, é preferível que os bolsistas possam dispor desse dia para o projeto. Como o programa PUB não dispõe de recursos para transporte, será realizada uma solicitação para este fim nas instituições e, não sendo possível, será realizada por plataformas coletivas com esse fim e o projeto adequado às condições. As atividades de campo devem necessariamente ser agendadas previamente e sob supervisão do orientador.
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Detalhamento das atividades previstas a serem desenvolvidas pelo(s) bolsista(s)
Todos os bolsistas deverão participar de reuniões periódicas de apresentação e discussão dos trabalhos no grupo de estudos e grupos temáticos durante o seu desenvolvimento conforme a especificidade dos estudos (por exemplo, noções de ecologia, noções de narrativas de vida e observação participante, entre outras). Para todos os participantes haverá uma etapa inicial comum, em que se apresentam os trabalhos já realizados e uma caracterização da região e apresentação dos parceiros e dos pesquisadores do NEP, bem como uma bibliografia básica de referência. Os bolsistas serão organizados em duas equipes que persistem ao longo do trabalho. As vagas serão preenchidas de modo a garantir a realização das duas frentes, primeiro definindo um aluno para cada temática e na seguida completando-se a disponibilidade. A seu termo, deverão participar de sua apresentação na faculdade de Arquitetura e Urbanismo e no CIEJA Perus, ou outro local acordado na ocasião, como retorno dos trabalhos realizados para a comunidade. Os trabalhos finais ficarão disponíveis também para os parceiros e outros atores sociais que o desejarem. Atividades específicas:
I. CARACTERIZAÇÃO DOS DISTRITOS (3 vagas)
Todos os alunos participarão de todas as etapas previstas. Espera-se poder organizar os participantes em 3 grupos de trabalho integrados. O que diferenciará a atividade dos alunos será a região sobre os quais desenvolverão os estudos, dada a natureza eminentemente espacial dos trabalhos, definidos pelos três distritos adotados na configuração inicial do TICP JP: Distrito de Perus, Distrito de Jaraguá, Distrito de Anhanguera. Haverá uma intersecção e cooperação entre esses trabalhos, decorrentes da própria fisiografia do território, das dinâmicas sociais e de eventuais objetos técnicos que os atravessam, que não impedem o aprofundamento temático em cada distrito. No caso eventual de haver apenas dois bolsistas essa divisão será reorganizada pelas bacias e objetos técnicos que os cortam, porém o escopo do trabalho deverá ser adaptado. Envidaremos esforços para obter subsídio para o transporte, sendo entretanto prioritário seu atendimento antes para a temática de Condições de Vida que não podem prescindir do campo. No caso de não se obter os recursos, o campo será atividade voluntária e serão convidados os parceiros para reunião na Universidade.
II. CONDIÇÕES DE VIDA E FORMAS DE MORAR (4 vagas)
Todos os alunos participarão de todas as etapas previstas. O que diferenciará a atividade dos alunos serão os os grupos locais de interlocução e os bairros a serem estudados, permitindo assim um aprofundamento na percepção, registro e análise das condições. A quatro vagas são pensadas para permitir uma coleta mínima, posto que as narrativas, sua transcrição, os registros de campo limitam muito a quantidade de interlocutores pelo tempo e atenção que demandam e o processo deve ser realizado na íntegra pelo bolsista.
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Resultados esperados
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Contribuições para o mapeamento e sistematização de dados no TICP-JP dos vetores urbanos e ambientais; dos equipamentos educacionais, culturais e de saúde, do patrimônio material e imaterial e de dados parciais dos alunos do CIEJA Perus sobre suas condições de vida e habitação;
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Apresentações públicas sobre os resultados acima mencionados na universidade, no território e em outros locais da cidade;
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Maior entendimento das dinâmicas territoriais do TICP-JP e maior integração entre universidade e comunidade; e
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Publicação com o orientador ou sua supervisão sob licença livre Creative Commons dos resultados em site do Núcleo de Estudos da Paisagem e outros veículos, explicitando a caracterização ambiental dos distritos estudados e sobre as condições de vida no caso estudado.
como citar:
SANDEVILLE JR. Euler. “Territórios e Paisagens Educativas: planejamento e processos colaborativos na periferia noroeste da cidade de São Paulo”.Núcleo de Estudos da Paisagem, on line, 2018 (revisão da primeira versão de 2008). Disponível em https://nep.arq.br/2018/08/14/territorios-e-paisagens-educativas-planejamento-e-processos-colaborativos-na-periferia-noroeste-da-cidade-de-sao-paulo/ com acesso em XX/XX/201X.
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