apresentação

APRESENTAÇÃO A NATUREZA E O TEMPO (O MUNDO)
Euler Sandeville Jr. (maio 2017)

Logo de A Natureza e o Tempo (o Mundo). Código de barras da cultura, criação Euler Sandeville (2007). Folha de palmeira, foto de Euler Sandeville, 2010.

como citar:
SANDEVILLE JR., Euler. “Apresentação A Natureza e o Tempo (o Mundo)”. A Natureza e o Tempo (o Mundo), on line, São Paulo, 2017 (maio). Disponível em http://anaturezaeotempo.wordpress.com/2018/06/13/apresentacao/ acesso em DIA/MÊS/ANO.

A NATUREZA E O TEMPO (O MUNDO) é um trabalho iniciado em 2016, no âmbito de uma persistente linha de indagações e estudos que pode ser definida como pesquisa em “HISTÓRIA DA CULTURA E DA PAISAGEM”, com maior atenção às chamadas eras Moderna e Contemporânea, e com ênfase no Brasil, como em meu Trabalho de Graduação (1981), em meu Mestrado (1987-1993) e Doutorado (1994-1999), procurando sempre uma relação e imbricação histórica entre arte (lato senso), cultura, natureza, construção do espaço (paisagem).

São estudos ensaísticos sobre a história da cultura através das representações e das poéticas implicadas na produção humana ao longo dos tempos. O seguinte trecho de Hannah Arendt resume de modo extraordinário parte das preocupações substanciais da proposta em desenvolvimento aqui (ainda que adote outra periodização):

Cientificamente, a era moderna começou no século XVII e terminou no limiar do século XX; politicamente, o mundo moderno em que vivemos surgiu com as primeiras explosões atômicas. Não discuto este mundo moderno que constitui o fundo sobre o qual este livro foi escrito. Limito-me, de um lado, a uma análise daquelas capacidades humanas gerais decorrentes da condição humana, e que são permanentes, isto é, que não podem ser irremediavelmente perdidas enquanto não mude a própria condição humana. Por outro lado, a finalidade da análise histórica é pesquisar as origens da alienação no mundo moderno, o seu duplo voo da Terra para o universo e do mundo para dentro do homem, a fim de que possamos chegar a uma compreensão da natureza da sociedade, tal como esta evoluíra e se apresentava no instante em que foi suplantada pelo advento de uma era nova e desconhecida. (Hannah Arendt [1]).

A Natureza e o Tempo (o Mundo) é um espaço de pensamento e elaboração sobre as pesquisas em curso nessa linha acima mencionada. É assim mais do que um espaço de extroversão e de apoio ao ensino, o que também é, mas configura-se como um espaço experimental. Os estudos de história da cultura tomam como objetos de ponderação a natureza e a construção do espaço habitado (considerando as relações entre as artes, a cultura, as paisagens, o comportamento). Os ensaios inserem-se em uma perspectiva de longa duração convergindo na reflexão sobre nossa condição contemporânea.

O estudo que dá origem à A Natureza e o Tempo teve início na década de 1980, alimentou meu Mestrado e Doutorado e configurando minha linha de pesquisa em História da Cultura e da Paisagem. Estudo as heranças, sensibilidades e ideários na apreciação e transformação das paisagens, das formas de sua representação e conceituação e na constituição de um campo de atuação profissional designado como paisagismo ou arquitetura da paisagem. Indago sobre a construção histórica da noção moderna de paisagem e natureza e da noção contemporânea de natureza e ambiente, em uma perspectiva crítica dos nexos culturais no processo de sua produção. São ênfases que alimentam esses estudos o pensar e sensibilizar próprio da arte em suas diversas linguagens e contradições; a cultura em seu sentido antropológico; a construção contraditória e significativa do espaço vivido em que se inserem e, portanto, das transformações comportamentais e valorativas implicadas, observando-as como representações de mundo e poéticas.

Pretende-se seu desenvolvimento a partir de abordagens integrativas de diferentes séries documentais (narrativas, memórias, relatórios, artes plásticas, música, cinema, e outras fontes) e da construção do espaço (arquitetura, urbanismo e urbanização, paisagismo) no contexto social, cultural e histórico em que se engendram. Considera-se de grande importância pensar as articulações entre campos do saber e do fazer, em especial arte, arquitetura, paisagismo, urbanismo e da cultura cotidiana.

Procura-se situá-los em seu ambiente espacial e cultural, observando-os como campos sensíveis e da experiência e como projetos culturais diversos que em suas narrativas acasalam representações e poéticas em uma longa construção. Colocam-se assim em questão as visões de mundo e a construção de seus significados, bem como os esforços interpretativos, que os diversos sujeitos e projetos mobilizam no âmbito do imaginário e da cultura e nos processos de produção social das paisagens, suas formas de subjetivação, apropriação, valoração e gestão.

Caspar David Friedrich (1774-1840), Caminhante Sobre o Mar de Névoa. By Caspar David Friedrich – Web Gallery of Art, Public Domain [commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1037098 acesso em 09/03/2016]
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Notas
1. ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2004 (1958), pag. 14

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REFERÊNCIAS DA PÁGINA

Bibliografia citada

ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2004 (1958), pag. 14

Título: A Natureza e o Tempo (o Mundo).
Title: Nature and Time (the World)

Autor/Author: Euler Sandeville Jr.
Web designer: Euler Sandeville Júnior

Palavras-chave: Natureza, Mundo, História da Cultura, Mundo Contemporâneo, História da Paisagem.
Keywords: Nature, World History, Cultural History, Contemporary World, Landscape History.

Resumo: Estudos ensaísticos sobre a história da cultura através das representações e das poéticas implicadas na produção humana ao longo dos tempos. Pretende-se seu desenvolvimento a partir de abordagens integrativas de diferentes séries documentais (narrativas, memórias, relatórios, artes plásticas, música, cinema, e outras fontes) e da construção do espaço (arquitetura, urbanismo e urbanização, paisagismo) no contexto social, cultural e histórico em que se engendram. Considera-se de grande importância pensar as articulações entre campos do saber e do fazer.

Abstract: Essay studies on the history of culture through the representations and poetics implied in human production through the ages. Its development is based on integrative approaches of different documentary series (narratives, memories, reports, plastic arts, music, cinema, and other sources) and the construction of space (architecture, urbanism and urbanization, landscaping) cultural and historical context in which they are engendered. It is considered of great importance to think the articulations between fields of knowledge and doing.

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